quinta-feira, 16 de maio de 2019

REVISTA ROLL (1983)




Em uma época sem internet, ouvi e conhecer as bandas de rock no Brasil é um trabalho quase impossível! Mesmo que naqueles primeiros anos, o rock brazuca já começava a despontar na grande mídia, e a culminar no primeiro Rock In Rio de 1985, as noticias sobre este gênero musical eram raridades! Nos anos 70 era pior, mesmo que tivéssemos grandes bandas brasileiras de rock, elas não chegavam ao grande público.

Foi aí que em setembro de 1983 chegava as bancas o primeiro número da REVISTA ROLL, é claro com seu conteúdo todo voltado ao mundo do rock. A inovação começava com o assunto principal da publicação, pois até então as revistas voltadas ao publico jovem que tratavam de música, abordavam temas como equipamentos de som e instrumentos musicais.  O interior da revista, em seus anos iniciais, era totalmente em preto e branco, somente com a capa colorida, e só depois de alguns anos ela se tornou totalmente colorida.

A REVISTA ROLL sempre abriu espaço para as bandas nacionais que começavam a tocar nas rádios naquela época, e claro falar das gringas também. Era um deleite para quem curtia rock, ainda mais que a revista era feita por gente que entendia do assunto e quase totalmente independente! Esse conhecimento musical de rock, era um diferencial em comparação ás outras revistas do gênero! Um dos seus colaboradores era um jovem jornalista chamado Paulo Ricardo Medeiros, que tirando o sobrenome, depois se tornaria o líder do R.P.M. 

No final da década de 80, a revista acabou por completo devido ao enorme sucesso de outra publicação de mesmo tema, a BIZZ, com um melhor acabamento e tinha a grande Editora Abril por trás. Mas a REVISTA ROLL marcou época. 

terça-feira, 14 de maio de 2019

CHISPITA - NOVELA (1984)



Chispita foi uma telenovela mexicana infantil exibida pelo SBT em 1984 com 172 capítulos, às 18h00. A história é uma adaptação da telenovela argentina Andrea Celeste, produzida em 1979. Não foi a primeira produção mexicana exibida pelo canal, em 1982 já tínhamos assistido Os Ricos Também Choram!

A história começa quando María Luisa (Angélica Aragón) e seu marido sofrem um terrível acidente, no qual o marido morre e ela perde a memória. Após o acidente, María Luisa não lembra que tem uma filha, Isabel (Lucerito), que se torna órfã e é levada para o orfanato do Pe. Eugenio (Gastón Tuset). Quando Isabel faz 10 anos, é adotada por Alexandre (Enrique Lizalde), homem respeitável, generoso, viúvo e com dois filhos: João Carlos e Lili (Usi Velasco). Quando Isabel é levada à casa, imediatamente se identifica com Glória (Alma Delfina), a empregada, que se torna sua grande amiga, assim como João Carlos, o que não acontece com Lili e Irene (Renata Flores), sua tutora, e as duas tornam a vida impossível para Isabel, fazendo a menina sofrer um bocado!. Chispita ainda contou com a ajuda de um anjo da guarda (Alberto Mayagoitía) para conquistar o coração duro da pequena Lili, e reencontrar sua verdadeira mãe, que ela sempre acreditou estar morta. Como um milagre, Bertha (Hilda Aguirre) aparece, ela é irmã de caridade que leva Maria Luisa para trabalhar no orfanato em que Isabel viveu por anos e ainda frequenta. Bertha quer convencer Isabel a procurar sua mãe, devido a seu estranho desaparecimento. Entanto, María Luisa tem outro nome, todos a chamam como Lucía, devido à sua falta de memória. Enredo tipicamente mexicano!

Chispita era uma novela curta em seu país de origem, mas devido ao seu sucesso, o SBT passou a exibir capítulos curtos e sendo exibida em dois horários no mesmo dia, fazendo com a trama se estendesse por nove meses! O sucesso foi bem maior do que a novela anterior, Os Ricos Também Choram. Durante os anos que viriam, ela ainda foi repisada sete vezes. Em 1987, ganhou um remake, intitulado “Luz Clarita”. Desta vez, foi Daniela Luján a encarregada de dar vida ao drama da personagem-título, que agora, ao invés de um anjo da guarda, tinha uma fada-madrinha, a bela e carinhosa Dana (Sandra Echeverría). 

A abertura da novela era feita uma montagem de um quebra-cabeça, cuja gravura era uma criança em um bosque. Ao final, sempre faltava a peça que representa o pai ou a mãe. Havia ainda créditos em ângulos.Esta abertura nada mais é que um plágio da abertura de Pai Herói, novela de Janete Clair, exibida pela Rede Globo em 1979. 

Chispita é considerada uma novela infantil, mas como uma grade carga de emoção onde a protagonista sofre o tempo todo. Mesmo assim, fugindo dos padrões de produções infantis da época e de hoje até, a criançada adorava e torcia para a doce menina de tranças, que pregava o amor fosse feliz no final.

Trecho da novela
dublada em português no estúdio Maga.